quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

POR QUE O DIA 19 DE ABRIL É O "DIA DO INDIO"?

    O dia 19 de abril foi escolhido para homenagear os indígenas no ano de 1940, quando técnicos e estudiosos dos povos indígenas se reuniram no México para a realização do I Congresso Indigenista Interamericano. Diante da Iniciativa para que nesta data os países americanos comemorassem o DIA DO ÍNDIO, o Presidente Getúlio Vargas consolidou a proposta através do Decreto Lei nº 5.540, na cidade do Rio de Janeiro, em 2 de junho de 1943.
     No empenho de oferecer todo o entusiasmo aos festejos consagrados aos primeiro habitantes do Continente Americano, o CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO AOS ÍNDIOS, sob a presidência do General Cândido da Silva Rondon, organizou vasta programação instituindo uma semana do índio.
     Sobre a recomendação do General Rondon, a semana do índio deveria focalizar grandes figuras ameríndias, encorporando a programação que o conselho depositasse flores ao pé da estátua do grande vulto mexicano que foi Cuauteimoc. Com a utilização dos auditores, espaços culturais e pacificação de toda a imprensa, a primeira comemoração aos índios contou com projeções de filmes previamente enunciados nos cinemas e emissoras de rádio, palestras de divulgação na "Hora do Brasil" e exposições etnográficas no Museu Nacional e na Associação Brasileira de Imprensa.
     O próprio General Rondon abriu as comemorações da primeira Semana do Índio em 1944, que incluiram palestras sobre "lendas Indígenas", "Indianismo na Literatura Brasileira", "A Nova Política Americana Norte Americana de Proteção aso Indios", "Músicas Indígenas" e Temas Indígenas na Música Brasileira".
     Nas vésperas das comemorações, os jornais divulgaram a seguinte nota: o Brasil, do mesmo modo que as demais Nações Americanas, comemorará festivamente este ano o Dia do Índio, escolhido pelo Instituto Indígena Americano para celebrar a memória dos povos primitivos povoando a terra americana e para homenagear as tribos silvícolas remanescentes, que ainda representam um patrimônio de valor.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SER INDIO...








Ser índio é ter orgulho de sua identidade
e com ela fortalecer sua cultura.
Ser índio é tornar mais forte o seu povo
e reviver a sua inteligência.
Ser índio é não ter aquilo que não gosta
e ter aquilo que lhe pertence.
Ser índio é cuidar da mãe terra
e preservar a natureza.
Ser índio é ser amigo nos dias de sol
e de chuva.
Ser índio é ter consigo a liberdade
e fazer valer a sua capacidade.
Ser índio é viver em comunidade.
Ser índio é gostar da verdade.
Ser índio é lutar pela igualdade.
Ser índio é sorrir e chorar com os que amam
o proximo com ternura e sinceridade.

puhuy pataxó hãhãhãe 27/11/2008



Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Quem são eles







Pluralidade Cultural - Índios no Brasil - Uma outra história 








O POVO KRAHÔ-KANELA E DEMAIS POVOS INDÍGENAS NO TOCANTINS

Os Indíos Krahô-Kanela, migraram para o sul do Tocantins e habitaram em Região próximo ao municipio de Lagoa da Confusão - TO, onde no final dos anos 70 foram expulsos pela cervejaria Brahma, após um longo processo judicial apenas no ano de 2006, conseguiram retornar as suas terras, hoje aproximadamente 100 indíos Krahô-Kanela moram na Aldeia Lankrahé a 55 Km de Lagoa da Confusão - TO. A etnia sopfreu muito durante a demora pela legalização de seus território, passando por diversos municipios diferentes, hoje este povo indígenas busca uma retomada aos conhecimentos tradicionais e culturais, tem sua alimentação baseada na pesca a caça, tendo em sua reserva uma grande quantidade e variedades de peixes e caça.

Além dos povos Apinajé, Krahô, Javaé, Karajá, Karajá Xambioá, Xerente e Krahô Kanela, são encontrados no estado do Tocantins, segundo dados da FUNAI, os povos Guarani, Avá-Canoeiro e Tapirapé.Existem ainda os Fulni-ô e os Pankararu.


Dados preliminares do IBGE sobre os povos indígenas para o estado do Tocantins:

População Indígena URBANA :  2.179
População Indígena RURAL  : 10.952

População Indígena TOTAL  : 13.131 

OS POVOS KARAJÁ, JAVAÉ E XAMBIOÁ

Os Karajá, Javaé e Xambioá são o mesmo povo e se autodenominam Iny. Pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, família Karajá e língua Karajá. Os tres grupos falam a mesma língua e vieram migrando do Norte, baixo Araguaia antes de 1500. Mantiveram suas aldeias separadas em virtude da luta com o nao-índio. Os Karajá sao, sobretudo, pescadores e coletores, embora hoje també faςam roςas.
 Segundo Darcy Ribeiro, es tes índios migraram sempre, até chegar a Ilha do Bananal. Lá vivem hoje 1.600 habitantes Karajá em oito aldeias, e 849 Javaé a margem do rio Javaé em nove aldeias. Os Xambioá conhecidos pelo seu povo como Hirarumarandu, ou "Karajáde baixo", vivem hoje em duas aldeias, com uma populaςao de 182 pessoas, próximos as cidades de Santa Fé e Xambioá.


A festa do Hetoroky, ou iniciaςão do menino para a fase adulta, reúne famílias Karajá de aldeias distantes e é comemorada com danςas, lutas e comida farta, mantendo uma forte ligaςao com suas origens.



Os Karajá tem tradiςão na arte de fazer cerâmica. As mulheres oleiras fazem figuras de animais, figuras míticas, representaςoes do cotidiano e, principalmente, as bonecas ritxokô, vendidas como artesanato.



Aldeias Karajá: Santa Isabel do Morro, Fontoura, Tutemã;
Aldeias Javaé: Txuiri, Gantanã, Boto Velho, Wari Wari, São João, Cachoeirinha, Manalué , Bar
reira Branca, Imonti;
Aldeias Xambioá: Xambioá
e Kurerê.

Texto extraído de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.

O POVO KRAHÔ


O povo Krahô Vive numa área demarcada de 302.533 hectares, próxima as cidades de Itacajáe Goiatins, em 15 aldeias e uma população de 1.500 pessoas. A reserva onde vivem hoje é considerada a maior área de cerrados inteiramente preservada do Brasil.
Pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê, da família Jê, descendentes dos Timbiras setentrionais. No final do século XVIII, habitavam a região do Rio Balsas no Maranhão. A aldeia de Pedro Afonso foi fundada em 1849 pelo missionário frei Rafael de Taggia. Os Krahô sempre enfrentaram a pressão colonizadora. Em 1940, sofreram un violento massacre desfechado por criadores de gado, fato que continua vivo na memória de seus habitantes mais velhos. Entreimportante para o dia-a-dia da aldeia. Possuem muitas crenças, acreditam que todos os seres sejam animais, vegetais ou minerais, e têm alma, que chamam de Karõ.







Os Krahô negociam com os brancos como meio de promover sua sobrevivência na relação interétnica. Assim ganham uma " os índios Krahô, as terras pertencem a todos da tribo. As aldeias sao politicamente independentes, construídas em forma circular, com um grande pátio no centro onde a tribo se reúne para decidir as divisões do trabalho e tudo que seja certa independencia" e podem manter sua identidade já que possuem terras.




A noite, os Krahô se reúnem para cantar, brincar e contar histórias. Apesar de enfrentarem inúmeras dificuldades em suas terras, eles conseguem manter suas tradições e cultura.

Aldeias Krahô: Rio Vermelho, Manoel Alves Pequeno, Cachoeira, Pedra Branca, Macaúba, Pedra Furada, Campos Lindos, Agua Branca, Riozinho, São Vidal, Morro do Boi, Serra Grande, Forno Velho, Santa Cruz e Lagoinha.

Texto extraído de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.



O POVO XERENTE


Os Xerente se autodenominam Akwen, que significa "indivíduo", "gente importante". Eles vieram, provavelmente, das terras secas do Nordeste até o Norte, onde encontraram abundancia de áqua. Os primeiros contatos com os bandeirantes datam de 1738.


Em 1840, os Xerente aceitaram o aldeamento de Teresa Cristina, atual Tocantíia, proposto pelo franciscano frei Antonio de Ganges. Hoje vivem na margem direita do rio Tocantins, numa área de 183.542 hectares (junto a área do Funil), próximos a cidade de Tocantínia. Sua população é de 1.800 pessoas, distribuías em trinta e uma aldeias. Sua sobrevivência sempre veio da terra e do rio, da pesca, da caça e, principalmente, da roça de subsistência, a chamada "Roça de Toco", onde plantam o milho, o arroz e a mandioca. Produzem artesanato com palhas de babaçu. São cestas, balaios, esteiras, cofos, redes e bolsas.
Pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê e estão em contato com os não índios há aproximadamente duzentos anos. Juntam tudo que aprenderam com as comunidades vizinhas e retomam suas vidas com consciência e respeito a sua história. Em quase todas as festas praticam a corrida de toras, onde homens e mulheres demonstram sua força e coragem.
Rio Preto, Bom Jardim, Paraío, Baixão, Traíra, Ponte, Mirasol Nova.
Aldeias Xerente: Funil, Bela Vista, Cercadinha, Brejo Comprido, Serrinha I e II, Centro, Agua Fria, Rio do Sono, Mirasol, Recanta, Baixa Funda, Brejinha, Salto, Porteira, Aldeia Nava, Sangradouro, Lajeadinho, Cabeceira, Morrinho, Recanto da Agua Fria, Novo Horizonte, ZéBrito, Aldeinha,

Texto extraídO  de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.

O POVO APINAJÉ



 


Os Apinajé pertencem ao tronco Macro-Jê, famíia Jê descendentes do grupo Timbira e vivem numa área demarcada, a partir de 1985, de 141.904 hectares.Segundo dados da FUNASA (2010) são aproximadamente 1900 indivíduos, distribuídos em 23 aldeias. A reserva indígena Apinajé esta localizada nos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e São Bento do Tocantins. Os primeiros registros datam de 1774. Eram conhecidos como grandes guerreiros, "os poderosos ídios da região Norte". O confronto com os exploradores de ouro provocou doenças e guerras, obrigando os apinayé a viverem em aldeias para a sobrevivência da comunidade.
 





Hoje, eles têm suas aldeias localizadas no campo e utilizam a mata para a caça e a agricultura. Fazem a coleta do babaçu, extraem o óleo das amendoas e aproveitam as folhas para fabricar utensílios domésticos e cobrir suas casas. Nas festas e rituais, mantêm o casamento e o batizado, realizados no verão, época da colheita. Quando vão preparar as roças, percorrem uma longa distância, a procura de mata e terras para a plantação de milho e suas variedades. Muitas vezes fazem acampamento por lá e ficam durante vários dias com toda a família. O trabalho é dividido. As mulheres trazern lenha, coletam frutos, cuidam das crianças e produzem artesanato; os homens caçam, pescam e trabalham na roça.



Texto extraído de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso